Dislipidemia é o termo utilizado para descrever uma condição em que o indivíduo possui níveis altos de colesterol "ruim" (LDL) e níveis baixos de colesterol "bom" (HDL)

Isso pode levar à formação de placas de gordura dentro dos vasos sanguíneos, o que aumenta as chances de desenvolver doenças cardiovasculares, como por exemplo, infarto e derrame (AVC), podendo até aumentar as chances dessa pessoa a ter um evento fatal. Aprofunde-se na leitura e descubra como essa condição pode impactar na manutenção da sua saúde e o que você pode fazer para se manter saudável.2,3,4,5

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  • Quem nunca teve esse tipo de dúvida em algum momento da vida? Mas calma que te explicaremos tudo sobre colesterol (ou gordura no sangue)!

    O colesterol é um tipo de gordura que faz parte das células de diversos órgão do corpo: o cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. Ele é essencial para que esses órgãos funcionem corretamente.1 Além disso, são importantes para a formação de hormônios, vitamina D e até ácidos biliares (que são aqueles que ajudam na digestão das gorduras ingeridas pela comida).1,2 Ou seja, as gorduras ou colesterol são parte essenciais do bom funcionamento do nosso organismo.

    Então por que é perigoso ter gordura no sangue?

    O nosso corpo tem dois tipos de gordura:

    LDL-c, o famoso colesterol “ruim”

       HDL-c, ou conhecido como colesterol “bom”

    Quando os níveis de LDL (colesterol “ruim”) estão altos, "podem entupir os vasos sanguíneos (artérias)", pois levam à formação de placas de gordura dentro dos vasos sanguíneos, o que aumentam as chances de se desenvolver doenças cardiovasculares. Essas doenças podem ser um infarto ou derrame (AVC = acidente vascular cerebral) aumentando as chances de se ter um evento fatal!3 Por isso, é muito importante acompanhar e controlar os níveis de LDL-c para cuidar da saúde.4

    Figura 01 vasos entupidos
    Figura 01 vasos entupidos

    Vasos sanguíneos com placas de ateroma (gordura).

     

    Já o HDL-c é responsável por formar uma classe de lipoproteínas (conglomerados de proteínas, gorduras e outras substâncias4) que ajudam a remover o colesterol ruim das placas de gordura (placa de ateroma) que ficam dentro dos vasos sanguíneos bloqueando a corrente sanguínea, e transportá-lo de volta ao fígado para ser eliminado.3 Dessa forma, ele ajuda a proteger o coração de doenças cardiovasculares.5

  • O que não pode comer quando está com colesterol alto?

    Com certeza, essa é uma das maiores dúvidas! Porém, é importante reforçar que não existe uma proibição de consumo, mas que sim, se faz necessário ter cuidado com os excessos de determinados alimentos que contêm altas taxas de gorduras trans e saturadas. Continue lendo para entender mais sobre:

    A maior parte do colesterol (70%) é produzido pelo fígado e já fazem parte do organismo humano. Porém, os outros 30% são adquiridos através da dieta, em alimentos de origem animal, como carnes, leite e seus derivados, frutos do mar, gema de ovo, pele de frango, ou embutidos, como salame, mortadela e salsicha.2,3,5

    As gorduras saturadas, que provocam aumento da concentração de colesterol, são encontradas em alimentos industrializados, a exemplo de:

      bolos;
      biscoitos recheados;
      chocolates;
      tortas;
      sorvetes cremosos e
      em alimentos vegetais, como coco, banha de coco e azeite de dendê.

    Por esse motivo, as pessoas devem se preocupar com a ingestão exagerada de alimentos ricos em colesterol e gordura saturada.2

    Doces e guloseimas

    Com isso, entende-se que o colesterol não é maléfico e é normal que todas as pessoas o tenham, pois faz parte do corpo humano. O problema é que o ser humano necessita apenas de uma pequena quantidade de colesterol no sangue, produzida quase que totalmente pelo fígado. O excedente acaba se acumulando nas paredes das artérias, aumentando o risco de problemas cardiovasculares, como infarto do miocárdio ou Derrame (acidente vascular cerebral).2

    A predisposição à hipercolesterolemia – alta concentração de colesterol no sangue – é transmitida geneticamente. Por este motivo, pacientes com parentes diretos que tenham sofrido problemas cardiovasculares devem estar mais atentos e realizar exames preventivos periodicamente.2

  • Quando os níveis de LDL-c se encontram alterados, diz-se que o paciente tem dislipidemia, podendo ser dividida em dois tipos: a dislipidemia primária, que é causada por fatores genéticos e a dislipidemia secundária, que é consequência do estilo de vida e outros fatores.6

    Qual o nível de um colesterol normal?

    Os níveis de colesterol no sangue dependem principalmente da capacidade do fígado em removê-lo e isso varia de pessoa para pessoa.3 Por isso, é importante realizar o acompanhamento médico para que ele possa te passar as informações e tratamento mais adequado!

    Existem metas estabelecidas para cada pessoa conforme avaliação do risco cardiovascular feita pelo médico.6

    Você já sabe o seu risco cardiovascular?

    Confira aqui os valores de referência, segundo a Diretriz Brasileira da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).6

      Colesterol total: abaixo de 190 mg/dL
      HDL-c: acima de 40 mg/dL
      LDL-c: abaixo de 130 mg/dL

      Colesterol total: abaixo de 190 mg/dL
      HDL-c: acima de 40 mg/dL
      LDL-c: abaixo de 100 mg/dL

      Colesterol total: abaixo de 190 mg/dL
      HDL-c: acima de 40 mg/dL
      LDL-c: abaixo de 70 mg/dL

      Colesterol total: abaixo de 190 mg/dL
      HDL-c: acima de 40 mg/dL
      LDL-c: abaixo de 50 mg/dL

    Lembre-se

    É fundamental que o seu médico avalie os riscos para a sua saúde relacionados ao LDL-c e estabeleça metas específicas para você. Não deixe de marcar uma consulta com um cardiologista para conversar sobre.

  • E como eu sei se estou com alto colesterol? Quais os sintomas do alto colesterol?

    As dislipidemias não têm sintomas perceptíveis, por isso é importante fazer exames de sangue para detectar qualquer alteração nos níveis de colesterol. Quanto mais cedo descobrir, melhor será para reduzir os riscos de problemas cardíacos. É fundamental realizar tratamento adequado para manter os níveis de colesterol controlados e proteger a saúde do coração.4 Muitas vezes, o primeiro sinal de um problema é um evento súbito no coração ou no cérebro (como por exemplo, infarto ou AVC), causado por anos de colesterol alto não tratado.2

  • E o alto colesterol tem tratamento?

    Quando medimos o colesterol total no sangue, precisamos sempre saber o quanto se deve ao colesterol bom (HDL-c) e o quanto se deve ao ruim (LDL-c).

    ícone estilo de vida saudável

    É importante manter um estilo de vida saudável. O estilo de vida é muito importante na redução do risco de infarto e AVC. Evitar o sedentarismo, evitar comer alimentos com gordura saturada e evitar fumar são medidas importantes a serem seguidas.2,3

    ícone diminuir o colesterol

    Para diminuir o colesterol ruim: pratique atividade física, tenha uma alimentação saudável, consulte uma equipe de saúde para avaliação e orientação.4

    ícone aumentar o colesterol

    Para aumentar o colesterol bom: aumente o consumo de alimentos in natura, como verduras, frutas e legumes e reduza o consumo de alimentos ultra processados.4

    ícone redução do LDL-C

    Para redução do LDL-C o tratamento pode ser medicamentoso com hipolipemiantes.

    Já me sinto melhor, posso parar de tomar o remédio?

    O tratamento medicamentoso depende da avaliação de risco cardiovascular, que deve ser realizada pelo médico que acompanha seu tratamento, para redução do LDL-c os tratamentos mais comumente incluem as estatinas, sequestrantes de ácido biliar e ezetimiba.

    O tratamento do colesterol deve ser contínuo e ao longo da vida. Não adianta fazer o tratamento por um tempo e depois parar. Não se busca uma cura, mas sim um controle para ter uma melhor qualidade de vida.3

      O que acontece se eu parar de tomar o medicamento?

    É muito importante entender que parar o tratamento para dislipidemia pode causar problemas sérios para a saúde do seu coração.7

      Aumento do risco cardiovascular: Doenças cardiovasculares, como o infarto do coração e o derrame cerebral, ainda são as principais razões pelas quais as pessoas morrem em todo o mundo. É essencial prevenir essas condições.7

    E qual o papel do colesterol nisso?

    A probabilidade de ter problemas no coração aumenta à medida que o colesterol ruim (LDL-C) sobe. Quando o nível do colesterol ruim fica mais baixo, as chances de ter uma vida longa e saudável aumentam para pacientes com riscos de problemas no coração. Isso significa que manter o colesterol ruim controlado ajuda a proteger as pessoas com maiores chances de terem essas complicações.7,8

    ilustração aumento do risco cardiovascular
    ilustração impacto na qualidade de vida

      Impacto na qualidade de vida: A dislipidemia não controlada está associada a outras condições de saúde, como diabetes e hipertensão. A suspensão do tratamento pode agravar essas condições e aumentar o risco de complicações médicas.9

    O tratamento medicamentoso depende de avaliações realizadas pelo seu médico quanto ao risco cardiovascular e tipo de dislipidemia.6

    É recomendado pela Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose de 2017, que o tempo de reavaliação do risco cardiovascular após as medidas de modificação do estilo de vida pode ocorrer entre 3 e 6 meses.6

    Por isso é importante que você retorne ao(a) médico(a) com os exames em dia para um melhor controle dos riscos cardiovasculares e mantenha uma boa qualidade de vida.

    Mas após um infarto, agende e compareça nas consultas de acompanhamento com seu(sua) médico(a) a cada 4 a 6 semanas após a alta hospitalar.10,11

  • Descubra os passos essenciais para uma recuperação bem-sucedida e um coração saudável!

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    Aqui você vai encontrar mais informações sobre o ataque cardíaco, possíveis riscos e como seguir em frente. Além disso, um guia prático para utilizar em suas consultas de retorno:

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    Há algumas etapas importantes que você precisa concluir nos primeiros seis meses após receber alta do hospital. Marque estas caixas de verificação para garantir um caminho saudável e seguro para os próximos seis meses:

      Agende e compareça a todas as consultas de acompanhamento com o(a) seu(sua) médico(a). Sua primeira consulta deve ocorrer de 4 a 6 semanas após a alta hospitalar, com consultas de acompanhamento a cada 4 a 6 semanas10,11 
      Certifique-se de ter feito seus exames de sangue e recebido os resultados antes das consultas de acompanhamento para que você e seu(sua) médico(a) possam acompanhar seu progresso
    10,11
      Defina metas de saúde com seu(sua) médico(a) e certifique-se de entender o que você precisa fazer para alcançá-las10,11
      Certifique-se de tomar todos os medicamentos prescritos pelo(a) seu(sua) médico(a) e de fazer e manter as mudanças necessárias no estilo de vida junto com seu programa de reabilitação cardíaca10,11

    É importante comparecer às consultas regulares com seu(sua) médico(a), para que você possa acompanhar seu progresso e ajustar sua medicação e plano de gerenciamento conforme necessário.

  •  Desperte o Seu Bem-Estar Diário!

    Você já sentiu a frustração de esquecer de tomar o seu medicamento? Sabemos que a rotina agitada pode tornar fácil deixar passar um detalhe tão importante. Mas agora, estamos aqui para te ajudar a transformar essa experiência! 

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    Referências:

    1. Bandeira FD.
      Dislipidemia [Internet].
      2011. [acesso em 26 de maio de 2023]. Disponível em: https://ued-ham.org.br/wp-content/uploads/2020/10/Dislipidemia-PARTE-1-1.pdf.

    2. Sociedades Cardiológicas Brasileiras.
      Colesterol [Internet].
      [acesso em 26 de maio de 2023]. Disponível em: http://sociedades.cardiol.br/sc/publico/artigos/artigo-colesterol.asp.

    3. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
      10 coisas que você precisa saber sobre o colesterol [Internet].
      [acesso em 26 de maio de 2023]. Disponível em: https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-o-colesterol/.

    4. Ministério da Saúde.
      Colesterol 'ruim' elevado está relacionado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. [Internet].
      2022. [acesso em 07 de julho de 2023]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/agosto/201ccolesterol-ruim201d-elevado-esta-relacionado-ao-desenvolvimento-de-doencas-cardiovasculares.

    5. Sociedade Brasileira de Cardiologia.
      SBC alerta: controle do colesterol é fundamental para minimizar riscos de doenças cardiovasculares [Internet].
      [acesso em 26 de maio de 2023]. Disponível em: https://www.portal.cardiol.br/post/sbc-alerta-controle-do-colesterol-%C3%A9-fundamental-para-minimizar-riscos-de-doen%C3%A7as-cardiovasculares.

    6. Arquivos Brasileiros de Cardiologia.
      Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose - 2017.
      Arq. Bras. Cardiol. 2017;109(Supl 1). [Acesso em 9 de julho de 2023]. Disponível em: DOI: 10.5935/abc.2017S010.

    7. Arquivos Brasileiros de Cardiologia.
      Minieditorial.
      Arq. Bras. Cardiol. 116 (4). Abr 2021 https://doi.org/10.36660/abc.20210089. [acesso em 31 de agosto de 2023]. Disponível em: SciELO - Brasil - Uso de Estatinas e Hipercolesterolemia: Estão sendo Seguidas as Recomendações das Diretrizes Atuais? Uso de Estatinas e Hipercolesterolemia: Estão sendo Seguidas as Recomendações das Diretrizes Atuais?

    8. Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro (SOCERJ).
      Dica Colesterol [Internet].
      [acesso em 31 de agosto de 2023]. Disponível em: SOCERJ - Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro.

    9. Ministério da Saúde.
      Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas dislipidemia: prevenção de eventos cardiovasculares e pancreatite.
      Ministério da Saúde, 2019.

    10. NHS.
      Recovering from a heart attack.
      Disponível em: https://www.nhs.uk/conditions/heart-attack/recovery/. Acesso em: 11 ago. 2023.

    11. MED MedicineNet.
      How long does it take to recover from a heart attack?
      Disponível em: https://www.medicinenet.com/how_long_it_takes_to_recover_from_a_heart_ attack/article.htm. Acesso em: 11 ago. 2023.