ARTIGO

Tecnologia e Saúde: A relevância do atendimento online

Tópicos

Insônia
Depressão

Publicado

Out/2020

🕚

4 min

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Dra. Andrea Bacelar

CRM-RJ 57416 | RQE 23484
Neurologista especialista em Medicina do Sono; Membro da
American Academy of Sleep Medicine

O Brasil tem, hoje, dois dispositivos digitais por habitante, incluindo smartphones, computadores, notebooks e tablets. O país tem 420 milhões de aparelhos digitais ativos. Entre os aparelhos, o uso de smartphone se destaca: segundo o levantamento, há, hoje, 230 milhões de celulares ativos no país. Já o número de computadores, notebooks e tablets em uso no Brasil é de 180 milhões. Houve um aumento de 10 milhões no número de smartphones ativos em relação a 20181

Com todo esse desenvolvimento tecnológico, a Medicina também se beneficiou de diversas formas, desde a divulgação para a população de mais informações sobre diversas doenças até o acesso aos serviços de saúde, integrando regiões remotas com serviços de saúde localizados em hospitais e centros de referência, no que se refere à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento, constituindo, assim, um modelo de assistência médica chamado telemedicina2.

Na Neurologia, especificamente, temos um grande impacto no crescimento das doenças que se originam no sistema nervoso central e isso se deve, principalmente, ao envelhecimento da população brasileira. Por exemplo, a demência aumenta progressivamente, sendo a idade o maior fator de risco para a doença. A partir dos 65 anos, sua prevalência dobra a cada cinco anos. Entre 60 e 64 anos, apresenta prevalência de 0,7%, passando para 5,6% entre 70 e 79 anos e chegando a 38,6% nos nonagenários3.

Segundo os dados do IBGE, o país, atualmente, tem 28 milhões de idosos, 13,5% do total da população. A população idosa (acima de 60 anos) deve dobrar no Brasil até o ano de 2042, em comparação com os números de 2017. Em 2031, o número de idosos (43,2 milhões) vai superar pela primeira vez o número de crianças e adolescentes de zero a 14 anos (42,3 milhões)4.

Além disso, no caso dos pacientes com insônia, com ou sem depressão associada, é recomendação, padrão ouro5, a terapia cognitivo comportamental com foco na insônia (TCC-I). Há algum tempo, somente podíamos indicar esta terapia na forma presencial e, atualmente, podemos acessar via computador, tablet ou smartphone, de maneira online.

Já que estamos vivendo mais e acabamos tendo mais propensão a diversas doenças, que tal utilizarmos essa tecnologia a nosso favor? Com esse objetivo, a Sanofi lançou dois serviços online para pacientes de insônia e para os pacientes de depressão:

  • O programa Sono dos Sonhos são sessões online e 100% gratuitas para os pacientes de insônia, que se baseia nas técnicas da TCC-I, para auxiliar e complementar o tratamento de seu paciente.
  • CUCO HEALTH, é um aplicativo que ajuda o paciente lembrando-o dos horários das medicações, ajudando-o na adesão ao tratamento e fornecendo a ele mais informações sobre seu problema.

    Referências

    1. Meirelles FS.

      30ª Pesquisa Anual do Uso de TI nas Empresas, 2019 [Internet].

      Acessado em: 25 nov 2019. Disponível em: https://eaesp.fgv.br/ensinoeconhecimento/centros/cia/pesquisa.

    2. Maldonado JMSV, Marques AB, Cruz A.

      Telemedicina: desafios à sua difusão no Brasil.

      Cad Saúde Pública. 2016;32(Suppl.2):e00155615.

    3.  Jorm AF, Korten AE, Henderson AS.

      The prevalence of dementia: a quantitative integration of the literature.

       Acta Psychiatr Scand. 1987;76(5):465-479.

    4.  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

      Projeções da população por sexo e idade Brasil e Unidades da Federação 2010-2060 [Internet]. 

      Acessado em: 25 nov 2019. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/media/com_mediaibge/arquivos/78b962ace2419a967d57addd41377397.pdf.

    5.  Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD et al.

      Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an american academy of sleep medicine clinical practice guideline.

      J. Clin. Sleep Med. 2017;13(2):307–349.

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