VÍDEO

Descrição das evidências e identificação das boas práticas

Tópicos

Publicado

Mar/2021

8 min

De acordo com as principais diretrizes para a profilaxia do TEV, os pacientes são avaliados para o risco de TEV nas primeiras horas de internação, com base em políticas, protocolos, planos de educação e sistemas de suporte a decisão clínica.1-9

Karina Pires Pecora

COREN-SP 92838
Enfermeira pós-graduada em Terapia Intensiva Adulto pelo Centro Universitário São Camilo. MBA executivo em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Especialização internacional em Qualidade de Saúde e Segurança do Paciente pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (UNL).

Esse material abordou as evidências e as boas práticas para a profilaxia do tromboembolismo venoso (TEV) aplicadas nos hospitais, destacando os pontos mais importantes, as medidas de educação e as ferramentas de suporte a decisão clínica aplicáveis na instituição.

De acordo com as principais diretrizes para a profilaxia do TEV, os pacientes são avaliados para o risco de TEV nas primeiras horas de internação, com base em políticas, protocolos, planos de educação e sistemas de suporte a decisão clínica.1-9

Os pacientes hospitalizados com doenças agudas e risco de trombose são candidatos potenciais à profilaxia anticoagulante. De modo geral, não se promove profilaxia mecânica como primeira escolha no caso de pacientes clínicos sem fatores de risco de sangramento.1

O risco de TEV em pacientes submetidos a cirurgias não ortopédicas depende de fatores específicos dos pacientes e dos procedimentos. Os casos de risco muito baixo ou baixo abrangem a maior parte das cirurgias que têm alta no mesmo dia e aquelas que não envolvem procedimentos abertos de longa duração. Não se recomenda profilaxia de TEV no caso de indivíduos submetidos a esses procedimentos, exceto quando há hospitalização durante mais de um dia e/ou o paciente apresente outros fatores de risco de TEV.1

Em geral, os procedimentos associados a um risco muito alto de TEV envolvem cirurgias abdominais ou pélvicas de câncer, múltiplos traumas maiores, craniotomia/cirurgia de coluna por doença neoplásica e cirurgia de coluna com abordagem anterior. Nesses casos sugere-se uma combinação de profilaxia mecânica, de preferência com compressor pneumático junto com terapia anticoagulante para esses pacientes. O risco de TEV é consideravelmente alto após cirurgia ortopédica e em pacientes com neoplasias.1 

Para a prevenção de TEV é necessário agrupar as boas práticas para oferecer um bom suporte de decisão clínica nos cuidados com o paciente, desenvolver e implementar recursos educacionais com base no protocolo definido pela instituição e criar ferramentas para a medição e o acompanhamento das metas.1

Compartilhar

    Referências

    1. Maynard G.
      Preventing hospital-associated venous thromboembolism: a guide for effective quality improvement. 2nd ed.
      Rockville, MD: Agency for Healthcare Research and Quality; August 2016. AHRQ Publication No. 16-0001-EF. Disponível em: https://www.ahrq.gov/sites/default/files/publications/files/vteguide.pdf. Acesso em: 7 out. 2020.

    2. Lyman GH, Khorana AA, Kuderer NM, Lee AY, Arcelus JI, Balaban EP, et al.
      American Society of Clinical Oncology Clinical Practice. Venous thromboembolism prophylaxis and treatment in patients with cancer: American Society of Clinical Oncology Clinical Practice Guideline Update.
      J Clin Oncol. 2013 Jun 10;31(17):2189-204.

    3. Guyatt GH, Akl EA, Crowther M, Gutterman DD, Schuünemann HJ
      American College of Chest Physicians Antithrombotic Therapy and Prevention of Thrombosis Panel. Executive summary: antithrombotic therapy and prevention of thrombosis, 9th ed: American College of Chest Physicians Evidence-Based Clinical Practice Guidelines.
      Chest. 2012 Feb;141(2 Suppl):7S-47S.

    4. Qaseem A, Chou R, Humphrey LL, Starkey M, Shekelle P
      Clinical Guidelines Committee of the American College of Physicians. Venous thromboembolism prophylaxis in hospitalized patients: a clinical practice guideline from the American College of Physicians.
      Ann Intern Med. 2011 Nov 1;155(9):625-32.

    5. Committee on Practice Bulletins - Obstetrician-Gynecologists.
      Thromboembolism in pregnancy.
      Practice Bulletin 2011;118(3):718-29

    6. Jacobs JJ, Mont MA, Bozic KJ, Della Valle CJ, Goodman SB, Lewis CG, et al.
      American Academy of Orthopaedic Surgeons clinical practice guideline on: preventing venous thromboembolic disease in patients undergoing elective hip and knee arthroplasty.
      J Bone Joint Surg Am. 2012 Apr 18;94(8):746-7.

    7. Hill J, Treasure T; Guideline Development Group.
      Reducing the risk of venous thromboembolism (deep vein thrombosis and pulmonary embolism) in patients admitted to hospital: summary of the NICE guideline.
      Heart. 2010 Jun;96(11):879-82.

    8. Geerts WH, Bergqvist D, Pineo GF, Heit JA, Samama CM, Lassen MR, et al.
      Prevention of venous thromboembolism: American College of Chest Physicians Evidence-Based Clinical Practice Guidelines (8th Edition).
      Chest. 2008 Jun;133(6 Suppl):381S-453S.

    9. Committee on Practice Bulletins – Gynecology, American College of Obstetricians and Gynecologists.
      ACOG Practice Bulletin No. 84: Prevention of deep vein thrombosis and pulmonary embolism.
      Obstet Gynecol. 2007 Aug;110(2 Pt 1):429-40.