-
Aqui, é possível encontrar informações sobre a Rinossinusite Crônica com Pólipo Nasal, entender a doença e conhecer os tratamentos disponíveis. O objetivo do site é reunir orientações de especialistas, dicas práticas e experiências de pacientes para ajudar a melhorar a qualidade de vida.
Sobre a doença
A Rinossinusite Crônica com Pólipo Nasal (RSCcPN) é uma inflamação prolongada dentro do nariz e dos seios da face. Essa inflamação faz com que cresçam pólipos, que são pequenas formações dentro do nariz que podem bloquear a passagem do ar. Isso pode causar nariz entupido, dificuldade para respirar, perda do olfato e secreção nasal frequente.1
Essa doença é diferente da sinusite comum, que normalmente dura menos de quatro semanas e é causada por infecções. Já a RSCcPN dura mais de 12 semanas e está ligada a reações do próprio sistema imunológico.3
A polipose nasal pode estar relacionada a outras doenças, como asma e dermatite atópica, além de sofrer influência de fatores genéticos e ambientais.4 Estima-se que entre 2% e 4% da população mundial tenha essa condição, o que pode afetar o sono, a respiração e a qualidade de vida.2
Principais Sintomas
Os sinais mais comuns da RSCcPN são:
Além desses sintomas, algumas pessoas com pólipos nasais também apresentam tosse, ronco e piora da asma, especialmente à noite ou em locais úmidos.4
O diagnóstico é feito por um médico que avalia os sintomas e pode solicitar exames como a nasofibroscopia (uma câmera que examina o interior do nariz) e a tomografia computadorizada, que mostram o tamanho dos pólipos e a gravidade da inflamação.3
Mitos e Verdades sobre a RSCcPN
"Remédios caseiros podem curar a polipose nasal."
"Pólipos nasais podem estar ligados à asma."
"A cirurgia resolve a RSCcPN para sempre."
"Pólipos nasais podem causar perda total do olfato."
-
FOKKENS, W. J.; LUND, V. J.; HOPKINS, C.; et al.
European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps 2020.
Rhinology, v. 58, p. 1-464, 2020. DOI: 10.4193/Rhin20.600. -
HOPKINS, C.; BROWNE, J. P.; AKRAMI, K.; et al.
The Sinonasal Outcome Test 22: A standard tool for assessing outcome in chronic rhinosinusitis.
Clinical Otolaryngology, v. 44, n. 6, p. 551-557, 2019. DOI: 10.1111/coa.13378. -
ORLANDI, R. R.; KENNEDY, D. W.; ROSENFELD, R. M.; et al.
International Consensus Statement on Allergy and Rhinology: Rhinosinusitis 2021.
International Forum of Allergy & Rhinology, v. 11, n. 3, p. 213-739, 2021. DOI: 10.1002/alr.22741. -
STEVENS, W. W.; LEE, R. J.; SCHLOSSER, R. J.; SENNAROĞLU, E.
Chronic Rhinosinusitis with Nasal Polyps.
The Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 138, n. 6, p. 1437-1448, 2016. DOI: 10.1016/j.jaci.2016.10.003. -
Artigo "NASAL POLYPS" Andrew Moore, MD, FAAAAI.
Referências
-
-
A Rinossinusite Crônica com Pólipo Nasal (RSCcPN) é uma inflamação prolongada dentro do nariz que precisa de um tratamento contínuo. O tratamento pode envolver remédios e, em casos mais graves, cirurgia e imunobiológicos.2,4 Além disso, alguns hábitos saudáveis podem ajudar a controlar os sintomas e evitar que eles piorem.
Quem trata a doença?
O médico especialista no tratamento da Polipose Nasal é o otorrinolaringologista, que avalia o caso e recomenda as melhores opções de tratamento. Se o paciente também tiver asma ou outras alergias, pode ser necessário o acompanhamento de um alergologista, imunologista ou pneumologista para um controle mais eficaz da inflamação.5
Tratamento com medicamentos
O primeiro passo no tratamento da RSCcPN é diminuir a inflamação e reduzir o tamanho do pólipo. Os medicamentos mais usados são:
São a primeira linha de tratamento e ajudam a diminuir o tamanho dos pólipos e a aliviar sintomas como nariz entupido e perda de olfato.2
Podem ser usados em casos mais graves ou antes da cirurgia, mas por tempo limitado, pois podem causar efeitos colaterais.5
Remédios que ajudam especialmente quem também tem asma.4
Só são indicados quando há infecção bacteriana associada.
Cirurgia: Quando é Necessária?
A cirurgia endoscópica nasal é indicada para casos em que os medicamentos não funcionam ou quando os pólipos estão muito grandes, afetando a respiração e a qualidade de vida.3
O procedimento remove os pólipos e melhora a drenagem dos seios da face, mas não cura a doença. Sem um tratamento adequado para controlar a inflamação, os pólipos podem voltar a crescer.2
A cirurgia é recomendada quando há:
Falha no tratamento com corticoides
Nariz muito obstruído, dificultando a respiração
Infecções frequentes nos seios da face
Imunobiológicos: O que são e como funcionam?
Os imunobiológicos são um avanço no tratamento da RSCcPN, indicados para pacientes que não melhoram com os tratamentos tradicionais e que têm casos mais graves da doença. Eles são medicamentos que bloqueiam moléculas inflamatórias específicas, diminuindo a inflamação e reduzindo o crescimento dos pólipos.1
Quem pode usar imunobiológicos?
Os imunobiológicos podem ser recomendados para pacientes que:
Conclusão
A RSCcPN pode afetar bastante a qualidade de vida, mas há várias opções de tratamento, desde medicamentos tradicionais até imunobiológicos e cirurgia. Como cada paciente é único, o acompanhamento médico é essencial para definir o melhor tratamento.
-
BACHERT, C.; HAN, J. K.; DESROSIERS, M.; et al.
Efficacy and Safety of Dupilumab in Patients with Severe Chronic Rhinosinusitis with Nasal Polyps (LIBERTY NP SINUS-24 and LIBERTY NP SINUS-52 Trials).
JAMA, v. 322, n. 18, p. 1808-1819, 2019. DOI: 10.1001/jama.2019.17262. -
FOKKENS, W. J.; LUND, V. J.; HOPKINS, C.; et al.
European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps 2020.
Rhinology, v. 58, p. 1-464, 2020. DOI: 10.4193/Rhin20.600. -
HOPKINS, C.; BROWNE, J. P.; AKRAMI, K.; et al.
The Sinonasal Outcome Test 22: A standard tool for assessing outcome in chronic rhinosinusitis.
Clinical Otolaryngology, v. 44, n. 6, p. 551-557, 2019. DOI: 10.1111/coa.13378. -
ORLANDI, R. R.; KENNEDY, D. W.; ROSENFELD, R. M.; et al.
International Consensus Statement on Allergy and Rhinology: Rhinosinusitis 2021.
International Forum of Allergy & Rhinology, v. 11, n. 3, p. 213-739, 2021.DOI: 10.1002/alr.22741. -
STEVENS, W. W.; LEE, R. J.; SCHLOSSER, R. J.; SENNAROĞLU, E.
Chronic Rhinosinusitis with Nasal Polyps.
The Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 138, n. 6, p. 1437-1448, 2016. DOI: 10.1016/j.jaci.2016.10.003.
Referências
-
-
A Rinossinusite Crônica com Pólipo Nasal (RSCcPN) é uma doença de longa duração que pode afetar muito a qualidade de vida. Além dos sintomas físicos, ela pode prejudicar o bem-estar emocional, o rendimento no trabalho e a vida social. Mas a boa notícia é que, com um tratamento adequado e alguns cuidados diários, é possível controlar os sintomas e melhorar o dia a dia.
Como a doença afeta a qualidade de vida?
Muitas pessoas com RSCcPN enfrentam dificuldades no dia a dia por causa dos sintomas como nariz entupido, perda do olfato e desconforto no rosto. Isso pode afetar desde o sono e a alimentação até o convívio social.3
Conclusão
A RSCcPN pode causar muitos incômodos no dia a dia, mas com tratamento adequado e cuidados diários, é possível controlar os sintomas e ter uma vida melhor. Se você tem essa condição, siga as orientações do seu médico.
-
BACHERT, C.; HAN, J. K.; DESROSIERS, M.; et al.
Efficacy and Safety of Biologics in Severe Chronic Rhinosinusitis with Nasal Polyps.
JAMA, v. 322, n. 18, p. 1808-1819, 2020. DOI: 10.1001/jama.2019.17262. -
FOKKENS, W. J.; LUND, V. J.; HOPKINS, C.; et al.
European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps 2020.
Rhinology, v. 58, p. 1-464, 2020. DOI: 10.4193/Rhin20.600. -
HOPKINS, C.; BROWNE, J. P.; AKRAMI, K.; et al.
The Sinonasal Outcome Test 22: A Standard Tool for Assessing Outcome in Chronic Rhinosinusitis.
Clinical Otolaryngology, v. 44, n. 6, p. 551-557, 2019. DOI: 10.1111/coa.13378. -
ORLANDI, R. R.; KENNEDY, D. W.; ROSENFELD, R. M.; et al.
International Consensus Statement on Allergy and Rhinology: Rhinosinusitis 2021.
International Forum of Allergy & Rhinology, v. 11, n. 3, p. 213-739, 2021. DOI: 10.1002/alr.22741. -
STEVENS, W. W.; LEE, R. J.; SCHLOSSER, R. J.; SENNAROĞLU, E.
Chronic Rhinosinusitis with Nasal Polyps.
The Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 138, n. 6, p. 1437-1448, 2016. DOI: 10.1016/j.jaci.2016.10.003.
Referências
-