Talvez seja a hora de você conhecer mais sobre a Urticária Crônica Espontânea (UCE)

A UCE é uma condição em que as urticas – essas lesões avermelhadas com inchaço e que provocam muita coceira – aparecem no corpo por mais de 6 semanas e não é causada por alergia ou qualquer outro fator externo. Portanto, o que você comeu, vestiu ou tocou, não é a causa da sua urticária. Esses dois motivos lhe conferem o nome de “crônica” – pela duração - e “espontânea” – pela falta de um motivo/gatilho identificável.

A UCE é uma condição que vai além da pele.

Afeta o sono, autoestima, convívio social e saúde emocional, principalmente pela imprevisibilidade dos surtos. 
Sentir que ninguém entende o que você está passando pode ser frustrante e cansativo.

Sabemos que viver com a UCE não é fácil, especialmente durante a noite, quando aquela coceira persistente parece ficar ainda mais intensa. É muito comum que você tenha dificuldade para dormir, afinal, como descansar com toda essa coceira, não é mesmo?  Não dormir bem afeta todo o seu dia seguinte: você pode se sentir cansado, irritado e com dificuldade para se concentrar. 

Esse espaço foi criado para ajudar você, paciente com UCE, a entender melhor sobre os sintomas, identificar possíveis sinais da doença e descobrir que é possível viver bem com o tratamento correto. Você não está sozinho(a)! Explore nosso conteúdo e descubra um novo caminho de cuidado.

Convivendo com a UCE

Impacto da urticária crônica espontânea

 

Você já se viu evitando eventos sociais por medo de uma crise de urticária? Ou passou noites em claro por causa da coceira intensa?

 

Como a UCE afeta a rotina?

    Muitos pacientes relatam que os sintomas da Urticária Crônica Espontânea pioram durante a noite, tornando o sono constante quase impossível. A privação de sono constante leva à:

    • Fadiga crônica
    • Dificuldade de concentração
    • Irritabilidade
    • Baixa produtividade no dia seguinte

    As pessoas que vivem com UCE podem sentir ansiedade ao sair de casa, pensando "E se eu tiver uma crise agora?" A UCE frequentemente desencadeia:

    • Ansiedade: O medo constante de novas crises
    • Depressão: Sentimento de frustração quando os tratamentos demoram a fazer efeito
    • Isolamento social: Vergonha das lesões visíveis

    Como a UCE afeta o desempenho no trabalho? Muitos pacientes enfrentam:

    • Faltas para idas às consultas médicas
    • Dificuldade de concentração
    • Constrangimento com colegas
    • Limitações em certas atividades profissionais

    O entendimento da condição por familiares e amigos pode ser limitado, gerando diversos desafios sociais.

    • Dificuldade em explicar a condição aos outros
    • Limitações em atividades familiares
    • Alterações na vida íntima
    • Incompreensão por parte de pessoas próximas

    As atividades cotidianas que parecem simples, se tornam um desafio.

    • Escolher roupas apropriadas
    • Tomar banho na temperatura ideal
    • Praticar exercícios
    • Lidar com situações de estresse

É possível lidar melhor com a UCE?

Sim! Por isso, temos algumas dicas para você:

Conheça a sua urticária espontânea

O que é a urticária crônica espontânea (UCE)?

A urticária crônica espontânea é caracterizada pela ocorrência de urticas e/ou inchaço profundo (angioedema) por um período igual ou maior que 6 semanas, e sem gatilho (motivo) específico para a ocorrência dos sintomas.

As urticas são as lesões típicas da urticária, aparecem de forma inesperada e espontânea, e se caracterizam pela coloração clara ou avermelhada, de tamanhos variados e são associadas a uma intensa coceira e sensação de queimação. Essas lesões são de natureza transitória, e a pele retoma o aspecto normal entre 1 e 24 horas. O angioedema é o inchaço localizado, muito elevado, sem forma e repentino, que possui formação mais lenta e pode durar de 48 horas até 72 horas. Ele pode estar associado a dor e desconforto.

Disponível em: Urticaria and angioedema images (hives). Acesso em: 24 de julho de 2025. 

Principais sintomas da UCE

  • Este é o sinal mais visível da UCE. As urticas são elevações avermelhadas e edematosas (elevadas e com acúmulo de líquido) que surgem repentinamente na pele. Elas podem variar em tamanho e forma, aparecendo e desaparecendo em diferentes áreas do corpo de maneira imprevisível. Essas lesões cutâneas são a manifestação física mais evidente da condição e podem causar desconforto significativo.

    Disponível em: Urticaria and angioedema images (hives). Acesso em: 24 de julho de 2025. 

    Disponível em: Urticaria and angioedema images (hives). Acesso em: 24 de julho de 2025. 

  • A coceira intensa é frequentemente descrita como o sintoma mais incômodo da UCE. É uma sensação constante que pode se intensificar durante a noite, perturbando significativamente o sono. A coceira pode ser tão intensa que interfere na concentração, no trabalho e nas atividades diárias, levando a um impacto na qualidade de vida.

  • O angioedema é caracterizado por inchaço nas camadas mais profundas da pele em algumas regiões do corpo. Normalmente afeta áreas como o rosto (especialmente lábios e pálpebras), mãos e pés. Em casos mais graves, pode afetar a garganta e as vias respiratórias superiores. Embora geralmente não seja doloroso, o angioedema causa desconforto, sensação de pressão nas áreas afetadas, e pode causar sensação de queimação.

    Disponível em: Urticaria and angioedema images (hives). Acesso em: 24 de julho de 2025. 

    Disponível em: Urticaria and angioedema images (hives). Acesso em: 24 de julho de 2025. 

Como a UCE age no corpo?

Falando um pouco sobre o universo científico da doença, a UCE é uma condição em que o próprio sistema imunológico ativa vários tipos de células, sendo que as que têm o papel mais importante são chamadas mastócitos, e estão presentes na pele. Essa ativação, frequentemente associada à inflamação do tipo 2, leva à liberação de histamina (substância química produzida pelo mastócito) e outros mediadores inflamatórios, que causam os sintomas característicos da doença. A inflamação do tipo 2 representa um padrão específico de resposta imunológica que está relacionado com o desenvolvimento da UCE e outras condições alérgicas, contribuindo para a cronicidade e intensidade dos sintomas observados.

Sabendo isso, quais são exatamente as etapas do processo?

Quais tipos de urticária existem?

    • Duração: Até 6 semanas.
    • Características: Início súbito das lesões que desaparecem completamente e podem afetar qualquer parte do corpo.
    • Causas comuns: Alimentos, medicamentos, picadas de insetos, infecções virais ou bacterianas, contato com substâncias irritantes.
    • Tratamento: Identificar e eliminar a causa; Uso de anti-histamínicos e corticoides (para controle de crise intensa). 

    O tratamento da urticária aguda é individualizado. Os corticoides e anti-histamínicos devem ser usados apenas com prescrição médica. A automedicação deve ser evitada.

    • O que você precisa saber: Não retorna após a resolução; Identificar e evitar o gatilho é fundamental; Pode ser o primeiro sinal de uma alergia mais séria.
    • Duração: Mais de 6 semanas.
    • Características: Desencadeada por estímulos específicos e identificáveis (calor, frio, sol, água, contato, entre outros).
       
    • Tratamento: Identificar e eliminar a causa; Uso de anti-histamínicos (doses podem ser aumentada conforme necessidade e prescrição médica).

    O tratamento da urticária crônica é individualizado. Os corticoides e anti-histamínicos devem ser usados apenas com prescrição médica. A automedicação deve ser evitada

    • Características: Lesões aparecem sem estímulo identificável; Podem surgir a qualquer momento do dia; As lesões (urticas) duram até 24 horas, mas novas podem aparecer.
    • Fatores agravantes: Estresse emocional, alimentos com conservantes ou corantes, medicamento (como anti-inflamatórios), alterações hormonais.
    • Impacto na vida do paciente: Afeta significativamente a qualidade de vida; Pode causar distúrbios do sono; Frequentemente associada com ansiedade e depressão.
    • Tratamento: Anti-histamínicos em dose padrão (caso persista, até 4x a dose padrão, de acordo com as diretrizes existentes); Medicamentos imunobiológicos em casos que não há resposta ao anti-histamínico.

    O tratamento da urticária crônica é individualizado. Os corticoides e anti-histamínicos devem ser usados apenas com prescrição médica. A automedicação deve ser evitada.

Disponível em: Urticaria and angioedema images (hives). Acesso em: 24 de julho de 2025.

Diagnóstico e tratamento

Diagnóstico

É importante que você consulte um alergista e imunologista ou dermatologista para tratar a sua urticária crônica espontânea. Este médico especialista tem o conhecimento específico para identificar os gatilhos da sua condição, realizar o diagnóstico necessário e criar um tratamento para manejar as suas lesões e coceira. Com o acompanhamento adequado, você pode melhorar a sua qualidade de vida e evitar complicações no futuro.

O diagnóstico da urticária crônica espontânea é clínico, baseando-se na avaliação das características da doença, incluindo as urticas (lesões características da urticária na pele) e o angioedema (inchaço profundo). Como falamos, na UCE, as lesões e o inchaço aparecem e desaparecem em várias regiões do corpo, por isso, é possível que no momento da consulta, você esteja sem lesões e inchaço na pele, dificultando o diagnóstico da UCE, e a gravidade dos sintomas.

Os principais objetivos do diagnóstico são: Confirmar o diagnóstico e excluir diagnósticos diferenciais, identificar condições relevantes que modificam a atividade da doença, verificar comorbidades, identificar as consequências da UCE, monitorar a atividade da doença, impacto, controle e resposta ao tratamento.

São recomendados alguns exames simples iniciais, sendo eles:

   

Esses exames laboratoriais são importantes para realizar o diagnóstico diferencial de outras condições que se manifestam com lesões parecidas com as que são presentes na UCE, e também para avaliar a gravidade, prognóstico e resposta ao tratamento.

  Quando a urticária começou?

  Qual a frequência dos sintomas – Diários? Intermitentes?

Apresenta outras queixas associadas à urticária? (p.ex.: dor nas articulações, febre, dor abdominal, etc.)

  De que cor (vermelhas, rosadas, arroxeadas) são as lesões de pele?

  Quanto tempo demoram para desaparecer?

  Deixam marcas ou cicatrizes depois que somem?

  Tem coceira, ardência, queimação ou dor nas lesões?

  Quais os locais do corpo aparecem as urticas e/ou inchaços?

  Quando foi o último episódio de lesões ou inchaços?

Registrar os episódios por meio de fotografia é muito valioso, pois o histórico das datas de cada episódio ajudará o seu médico no diagnóstico ou ajuste no tratamento se necessário. Além das fotos, também é muito interessante que você crie um diário dos sintomas e episódios, relatando todos os dias como você está se sentindo e a intensidade das lesões e do inchaço nos respectivos, até a consulta com o seu médico.

Manejo da UCE

Além do tratamento médico, algumas mudanças na rotina podem ajudar a minimizar os impactos da UCE. Manter a pele hidratada, usar roupas leves e evitar situações de estresse são medidas importantes. Também é importante que você mantenha sua saúde mental em dia, portanto, além dos medicamentos, o suporte psicológico é fundamental.

Exercícios como caminhada (em ambientes que não exponham o corpo a altas/baixas temperaturas), e técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, podem ser úteis para evitar crise de estresse e ansiedade.

Tratamento

Os tratamentos têm como objetivo aliviar os sintomas até que eles estejam sob controle.

Os anti-histamínicos (antialérgicos) são os mais utilizados, visto que a histamina é a substância que provoca a maior parte dos sintomas da urticária.

Como primeira opção terapêutica, são recomendados anti-histamínicos H1 de 2ª geração, inicialmente em dose padrão. Esses fármacos têm menos efeitos adversos, e demonstram eficácia no uso contínuo diário, não se limitando apenas ao tratamento de episódios agudos, sendo utilizados diariamente, e não apenas quando os sintomas aparecem. Por conta de sua eficácia e segurança, podem ser usados pelo tempo necessário até que a UCE entre em remissão.

Nos pacientes em que seus sintomas não foram controlados ao final de duas semanas com anti-histamínicos H1 em dose aprovada, a dosagem pode ser aumentada até quatro vezes a dose aprovada, sendo essa a segunda opção terapêutica, conforme as diretrizes vigentes.

Cerca de 30% dos pacientes com UCE moderada a grave responde de forma inadequada aos anti-histamínicos H1 mesmo em doses 4x superiores à dose diária aprovada, sendo necessário a terceira opção terapêutica que são os imunobiológicos.

Imunobiológicos são medicamentos modernos que agem no sistema imunológico para tratar várias condições, incluindo a urticária crônica espontânea. São utilizados quando os anti-histamínicos de segunda geração não funcionam adequadamente, mesmo em doses máximas.
Esses medicamentos atuam diretamente na causa raiz da doença. A maioria dos pacientes observa melhorias significativas - menos coceira, menos urticas e redução do inchaço. Muitos pacientes conseguem controlar completamente seus sintomas com os imunobiológicos.

Embora esses tratamentos sejam seguros e eficazes, devem ser prescritos por um especialista capaz de avaliar adequadamente pacientes com urticária crônica espontânea.

Urticária Crônica Espontânea em Crianças

A Urticária Crônica Espontânea pode se manifestar em qualquer faixa etária. Dados de estudos clínicos pediátricos revelam que a idade média de início dos sintomas em crianças é entre 6 e 8 anos. Atualmente, existe pouca evidência sobre a epidemiologia da UCE em crianças, mas em uma análise recente, quando avaliada a prevalência da UC em crianças de 0 a 19 anos, obteve o índice ligeiramente maior (0,73% a 1,97%) do que em adultos (0,8%). Porém, não houve diferença significante na prevalência entre meninos e meninas.

Assim como nos adultos, a urticária crônica espontânea pode impactar significativamente a qualidade de vida das crianças, afetando o sono, o bem-estar emocional e o desempenho escolar, sendo recomendado o uso de escalas, como UAS7 – Escore de Atividade da Urticária - ou UCT – Teste de Controle da Urticária - para acompanhamento.

O tratamento para crianças com UCE é semelhante ao tratamento indicado para os pacientes adultos. A primeira opção do tratamento deve ser os anti-histamínicos H1 de segunda geração não sedativos. É recomendado iniciar o tratamento na dose padrão. Se não houver resposta e controle dos sintomas em até 4 semanas, a segunda opção do tratamento é quadriplicar a dose.

Nos casos refratários aos anti-histamínicos, ou seja, se mesmo com a dose quadriplicada não houver resposta adequada, para os pacientes a partir de 12 anos de idade, a terceira opção do tratamento são os imunobiológicos.

Imunobiológicos são medicamentos modernos que agem no sistema imunológico para tratar várias condições, incluindo a urticária crônica espontânea. São utilizados quando os anti-histamínicos de segunda geração não funcionam adequadamente, mesmo em doses máximas.
Esses medicamentos atuam diretamente na causa raiz da doença. A maioria dos pacientes observa melhorias significativas - menos coceira, menos urticas e redução do inchaço. Muitos pacientes conseguem controlar completamente seus sintomas com os imunobiológicos.
Embora esses tratamentos sejam seguros e eficazes, devem ser prescritos por um especialista capaz de avaliar adequadamente pacientes com urticária crônica espontânea.

Para os pacientes menores de 12 anos, é recomendado o uso de anti-histamínicos de segunda geração, pois são seguros e eficazes para a população pediátrica. Converse com o seu médico e leve em consideração a idade do paciente e a disponibilidade do anti-histamínico de segunda geração, pois nem todos estão disponíveis no formato de xarope ou comprimidos que dissolvem rápido na boca.

De acordo com o consenso global de especialistas, o mesmo algoritmo de tratamento usado em adultos pode ser aplicado em crianças com urticária crônica espontânea, desde que sejam tomados cuidados específicos, como o ajuste da dosagem de acordo com o peso da criança. Esta abordagem permite que médicos utilizem protocolos já estabelecidos, adaptando-os de forma segura para o público infantil, garantindo tratamento eficaz enquanto respeita as particularidades do organismo em desenvolvimento.

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