O hipotireoidismo é uma disfunção na glândula da tireoide, caracterizada pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), responsáveis pelo funcionamento de diversos órgãos.1
Relação entre diabetes e doenças cardiovasculares
O hipotireoidismo é mais comum em mulheres, mas pode acometer qualquer pessoa, independentemente de gênero ou idade. Até os recém-nascidos podem ser afetados – neste caso, chamamos a doença de “hipotireoidismo congênito”.1
O hipotireoidismo é uma disfunção na glândula da tireoide, caracterizada pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), responsáveis pelo funcionamento de diversos órgãos.1
- 18 milhões é o número estimado de brasileiros que sofrem de hipotireoidismo2,3
- 5 a 8 vezes mais frequente nas mulheres4
- 10% das mulheres acima de 40 anos de idade são afetadas5
O mau funcionamento da tireoide interfere diretamente em processos como crescimento, ciclo menstrual, fertilidade, sono, raciocínio, memória, temperatura do corpo, batimentos cardíacos, eliminação de líquidos, funcionamento intestinal, força muscular e controle do peso corporal.1,4-7
A tireoide é uma glândula que fica no pescoço, logo abaixo daquela saliência popularmente conhecida como “pomo de adão”.7
Sintomas
Os sintomas da doença são facilmente interpretados como alterações comuns, mas merecem atenção:5,7
Commented [JN1]: Valor aproximado. Paper marcado por aproximação.
Além disso, outros sinais recorrentes do hipotireoidismo são sonolência, cansaço, alterações no humor, pele seca, pés e mãos gelados, prisão de ventre e anemia.1,5-7
A importância de tratar o hipotireoidismo
Como é feito o diagnóstico?
A pesquisa “Hipotireoidismo em Foco”, feita pela Sanofi em parceria com o Instituto Minds4Health, apontou que, em 65% dos 2.000 respondentes, o diagnóstico foi realizado após procurarem o médico para um check-up geral. No entanto, apenas 30% marcaram consultas por conta de algum sintoma em especial.9
Recomenda-se o acompanhamento de um médico para identificar e tratar as deficiências na tireoide. Ainda assim, exames laboratoriais que permitem a identificação de alterações hormonais podem ser solicitados por outros médicos, já que o diagnóstico da doença é feito por exames de sangue – que analisa o TSH, hormônio estimulante da tireoide, e o T4 livre – e, em certos casos, ultrassom da região afetada.10
Tratamento
Atualmente, 25% das pessoas diagnosticadas com hipotireoidismo não realizam o tratamento da forma adequada ou simplesmente não tratam a doença.9 Esse percentual, segundo o Instituto Minds4Health, é mais elevado em classes socioeconomicamente mais baixas, chegando a 45% de pessoas pertencentes à classe C e 50%, às classes D e E.9
O acompanhamento da doença é de longa duração e consiste na reposição hormonal da T4, feita por meio de comprimidos de reposição sintética do hormônio.1 Todavia, a eficácia da terapia oral depende, principalmente, de dois fatores: o jejum de uma hora após a ingestão do comprimido e o retorno periódico do paciente ao médico para avaliação e, caso necessário, ajuste de dose.1,7
Para 21% dos médicos, o jejum é a principal barreira para que o paciente trate a doença. Os pacientes afirmam que, além do jejum, também existe a dificuldade de se lembrar de tomar a medicação diariamente.9
Causas
O hipotireoidismo pode ser causado pela tireoidite de Hashimoto (doença autoimune em que o organismo fabrica anticorpos contra as células da tireoide), deficiência de iodo no organismo, cirurgias, radioterapia, resistência ao TSH e uso de drogas.1,5,7 É uma doença relativamente comum, que afeta 8% a 12% dos brasileiros desde as formas mais leves até as mais graves.11
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Disponível em: https://www.tireoide.org.br/para-o-publico/o-que-e-a-tireoide/. Acesso em: 28 ago. 2022. -
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Saiba mais. Disponível em: https://www.endocrino.org.br/media/uploads/PDFs/folheto_paciente_hipo.pdf. Acesso em: 28 ago. 2022. -
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Disponível em: https://www.endocrino.org.br/hipotireoidismosintomas-e-causas/. Acesso em: 28 ago. 2022. -
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Referências: