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Existem muitas dúvidas sobre saúde, vacinas e doenças, mas estamos aqui para ajudá-lo a compreender mais sobre o assunto. Conheça algumas afirmações comuns que são feitas diariamente e se elas são reais ou não. Vamos lá?
Gripe
A vacina contra a gripe é produzida a partir do vírus inativado, ou seja, morto e fracionado1. Por isso, não é capaz de causar a gripe em quem recebe a dose.
Ainda que seja uma condição leve e passageira na maioria das vezes, a gripe pode causar complicações importantes, como pneumonia ou insuficiência respiratória aguda, e até mesmo levar à morte2.
A vacina é a melhor e mais segura forma de se prevenir contra a gripe, e é recomendada para todas as pessoas a partir dos seis meses de idade. Os idosos fazem parte do grupo prioritário definido pelo governo por serem mais suscetíveis à doença, além de correrem risco maior de sofrer complicações após a infecção.
Nas prioridades também estão crianças de 6 meses a 6 anos de idade, gestantes, profissionais de saúde, entre outros3-5.
Os vírus influenza A e B, contidos na vacina da gripe sofrem mutações constantes. Desta forma, as agências de saúde do mundo fazem vigilância para saber quais os tipos que estão circulando e atualizar as cepas de vírus que compõem a vacina anualmente, para que assim a vacinação anual confira a proteção necessária para combater as variantes circulantes. Por isso, todos devem se vacinar, mesmo se já tiveram gripe ou se vacinaram anteriormente3.
Não só a melhor como a mais segura! Ainda há outras formas de prevenção como: lavar e higienizar as mãos com frequência, não compartilhar objetos de uso pessoal, evitar tocar as mucosas dos olhos, nariz e boca, ter uma boa alimentação e ingerir bastante líquido, manter o ambiente bem arejado e evitar contato com pessoas com sintomas da gripe3.
Gripe e resfriados são causados por vírus diferentes. A gripe é causada pela influenza, enquanto o resfriado pode ser causado por algumas espécies de vírus: Rinovírus (principal causa dos resfriados), Adenovírus, vírus sincicial respiratório, coronavírus, echovírus e paramixovírus, entre outros6.
O vírus influenza sofre mutações e a vacina é alterada anualmente conforme a identificação das cepas (tipos de vírus) que circularam no período. Além disso, a vacina confere proteção por um ano3.
A febre é um dos principais sintomas da gripe, assim como dor no corpo, dor de cabeça e tosse seca. Ainda é possível sentir calafrios, mal-estar, mialgia, dor de garganta, dor nas juntas, prostração e secreção nasal excessiva3.
É sempre importante buscar um médico para o diagnóstico correto e tratamento adequado.
As vacinas oferecidas na campanha de saúde pública são as trivalentes, que protegem contra três cepas diferentes do vírus influenza (duas do tipo A e uma do tipo B).
Já na rede privada, existe a vacina quadrivalente, que oferece proteção ampliada à população por ser composta pelas três cepas da vacina trivalente, além de outra cepa adicional do tipo B. As vacinas quadrivalentes podem ser de dose padrão ou de alta concentração, que é indicada na imunização ativa de pessoas acima de 60 anos de idade4.
Agora, você já sabe um pouco mais sobre os mitos e verdades da gripe. Por isso, não deixe de se vacinar e incentivar todos ao seu redor a se vacinarem também.
Doença Meningocócica
A doença meningocócica pode afetar pessoas de todas as idades, principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens. Os adolescentes e os adultos jovens são fontes de transmissão e estão sob risco aumentado de contrair a doença.9,10
Cerca de 10% dos adolescentes e adultos são portadores assintomáticos da bactéria na orofaringe (“garganta”) e podem transmitir a bactéria, mesmo sem adoecer.11
As bactérias são transmitidas de pessoa para pessoa através de gotículas de secreção respiratória ou da garganta de portadores.12
A doença meningocócica pode progredir rapidamente para choque, falência de múltiplos órgãos e óbito em 24h se não houver tratamento urgente.7
Entre os sobreviventes, cerca de 10 a 20% dos sobreviventes ficam com sequelas como surdez, cegueira, problemas neurológicos e membros amputados. Cerca de uma a cada cinco pessoas infectadas morrem.8
Febre Amarela
Os macacos não são responsáveis pela transmissão, muito pelo contrário: esses animais servem como guias para a elaboração de ações de prevenção. A doença é transmitida por mosquitos.14
O Ministério da Saúde recomenda a vacina Febre Amarela (atenuada) para toda a população que viaja para Áreas Com Recomendação de Vacina (ACRV). Deve ser aplicada pelo menos 10 dias antes do deslocamento, para garantir o desenvolvimento da imunidade. Após a vacinação, é fornecido o Cartão Nacional de Vacinação, que deve ser conservado como documento pessoal.13
Não é verdade. Um estudo realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) para acompanhar possíveis mudanças genéticas no vírus da febre amarela realmente identificou mutações no vírus, resultado publicado em 2017. Porém, não há qualquer impacto destas mutações para a eficácia da vacina.14
Hepatite B
A hepatite B é uma Infecção viral, que atinge o fígado, potencialmente fatal causada pelo vírus da hepatite B (VHB). Pode causar infecção crônica e coloca as pessoas em alto risco de morte por cirrose e câncer de fígado.15
Na maioria dos casos a Hepatite B não apresenta sintomas. Muitas vezes a doença é diagnosticada décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado (cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados), que costumam manifestar-se apenas em fases mais avançadas da doença.16
Entre as causas de transmissão estão; as relações sexuais sem proteção com uma pessoa infectada; da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings; transfusão de sangue contaminado.17
Difteria
A difteria, se não for tratada rápida e corretamente, pode provocar algumas complicações, como:
-insuficiência respiratória;
-problemas cardíacos;
-problemas neurológicos;
-insuficiência dos rins.18
Poliomielite
A poliomielite é causada pelo poliovírus e pode infectar crianças e adultos.19
Os sintomas da doença são variados, podendo evoluir de quadros leves de mal-estar e diarreia, até paralisias musculares graves, com sequelas permanentes, e morte.19
Embora a doença não seja mais comum em nosso meio, ela é um problema de saúde pública que pode ressurgir, caso a cobertura vacinal não esteja alta. No mundo globalizado, o vírus da pólio pode atravessar fronteiras e atingir as pessoas que não estão protegidas.19
Hib
H. influenzae b pode causar vários tipos diferentes de infecções. Os tipos mais comuns de doenças invasivas causadas por H. influenzae b são:22
-Pneumonia;
-Bacteremia;
-Meningite;
-Epiglotite;
-Celulite;
-Artrite infecciosa.
As doenças causadas por H. influenzae b podem afetar vários sistemas de órgãos. Os tipos mais comuns de doenças causadas por H. influenzae tipo b incluem pneumonia, bacteremia, meningite, epiglotite, artrite séptica, celulite, otite média e pericardite purulenta.22
Dengue
Coqueluche ou Pertussis
A coqueluche é uma doença infecciosa que se espalha facilmente de pessoa para pessoa através da tosse e espirros. Uma pessoa com coqueluche pode infectar até 12 a 15 outras pessoas. É por isso que estar em dia com as vacinas contra coqueluche e praticar boas etiquetas com relação a tosse e espirro é tão importante.26
A coqueluche é uma importante causa de mortalidade infantil.25 A maioria dos casos e óbitos se concentra em crianças menores de um ano de idade, especialmente nos primeiros seis meses de vida. Os bebês até os seis meses de idade ainda não completaram o esquema primário de vacinação com a vacina DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche), e por isso estão mais suscetíveis à infecção pela Bordetella pertussis.26,27
As complicações da coqueluche podem incluir sinusite, pneumonia, otite média, perda de peso, incontinência urinária, fratura de costela e desmaio.28 Mais de 90% das crianças menores de 2 meses infectadas pela coqueluche são hospitalizadas devido a complicações associadas à doença.29
As vacinas recomendadas para as gestantes são inativadas, ou seja, são usados somente partes das bactérias já mortas e não apresentam riscos de causar infecção na gestante ou no bebê.30-33
Como a mãe é, normalmente, a pessoa que fica mais próxima durante os primeiros meses de vida do bebê, elas são a fonte de infecção mais comum da coqueluche em lactentes, sendo responsáveis pela transmissão, em aproximadamente, 39% dos casos.34
Juntos protegemos a vida.
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